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Medir a produtividade é uma necessidade crítica para qualquer empresa que deseja se manter competitiva. No entanto, na pressa de aumentá-la, muitas organizações cometem erros caros: implementam soluções sem ter clareza sobre onde estão os verdadeiros gargalos. A chave não é trabalhar mais, e sim trabalhar melhor. E, para isso, é fundamental identificar com precisão onde se perde tempo, como os recursos estão sendo utilizados e quais ações concretas podem ser tomadas para melhorar.

Tabela de conteúdos

  1. Como medir a produtividade em uma empresa
  2. O que são os indicadores de produtividade
  3. Tipos de indicadores de produtividade por setor
  4. Como melhorar a produtividade em empresas com equipes de campo
  5. Aumente sua produtividade com ferramentas e sistemas bem definidos

Como medir a produtividade em uma empresa

Medir produtividade não significa apenas contar quantas unidades foram produzidas ou quantas tarefas foram concluídas. Trata-se de relacionar os resultados alcançados com os recursos utilizados para isso. Essa relação pode ser expressa de formas diferentes, dependendo do tipo de negócio.

De forma simples, a fórmula geral é:

Produtividade = Output (resultado) / Input (recursos utilizados)

O que são os indicadores de produtividade

Os indicadores de produtividade são métricas que ajudam a entender se uma empresa está utilizando bem seus recursos (tempo, pessoas, dinheiro, equipamentos) para atingir seus objetivos. São ferramentas de gestão que permitem tomar decisões baseadas em dados, identificar melhorias e monitorar avanços ao longo do tempo.

Um bom KPI de produtividade deve ser:

  • Relevante: deve estar alinhado aos objetivos estratégicos da área.
  • Mensurável: com dados acessíveis e rastreáveis.
  • Acionável: deve permitir a tomada de decisões concretas.

Dividem-se principalmente em três tipos:

  1. Produtividade da mão de obra: mede o desempenho dos colaboradores.
  2. Produtividade do capital ou ativos: mede o aproveitamento de equipamentos ou instalações.
  3. Produtividade multifatorial: combina vários insumos (como trabalho + máquinas + energia) para mostrar uma visão mais ampla.

Tipos de indicadores de produtividade por setor

Construção civil

  • Horas-homem por m² construído: mede a eficiência da equipe na obra.
  • Índice de retrabalho: percentual de tarefas refeitas por erro ou falha.
  • Produtividade de máquinas: horas efetivas de uso por equipamento por semana.

Manufatura

  • Unidades produzidas por hora/máquina: fundamental em linhas de produção.
  • Taxa de defeitos: produtos não conformes sobre o total produzido.
  • Tempo de ciclo de produção: do início à entrega de um lote.

Serviços técnicos e manutenção

  • Ordens de serviço finalizadas por técnico/dia
  • Tempo médio de atendimento por cliente
  • Porcentagem de visitas resolvidas na primeira intervenção (First Time Fix Rate)

Varejo e comércio

  • Vendas por colaborador
  • Ticket médio
  • Giro de estoque: quantas vezes o estoque é renovado no período.

Logística e transporte

  • Entregas por veículo/dia
  • Tempo médio por entrega
  • Quilômetros rodados por pedido: ajuda a otimizar rotas.

TI e empresas digitais

  • Histórias de usuário concluídas por sprint
  • Tempo médio de resolução de incidentes
  • Velocidade da equipe (story points / sprint)

Como melhorar a produtividade em empresas com equipes de campo

Mas e nas empresas com operações externas ou equipes técnicas em campo? Os desafios são maiores: menos supervisão direta, mais variáveis externas e maior risco de tempo ocioso.

Nesses casos, o método Time on Tools (ToT) é uma ferramenta altamente eficaz para medir a produtividade dos técnicos e identificar o que está dificultando a eficiência.

Nosso diretor-geral, Jérémy Guérin, compartilhou um guia prático baseado em anos de experiência com empresas de manutenção, construção e serviços técnicos.

1. Definir o que são atividades “on tools”

Pode parecer óbvio, mas este é o primeiro passo essencial. Nem todo tempo do técnico em campo é produtivo.

É importante ter um consenso sobre o que é atividade que gera valor (“on tools”), como:

  • Execução de tarefas técnicas (manutenção, instalação, reparo).
  • Inspeções visuais ou testes.
  • Resolução de falhas no local.

E o que é atividade “off tools”, como:

  • Deslocamentos.
  • Espera por materiais ou aprovações.
  • Preenchimento de relatórios ou ligações administrativas.

Esse alinhamento permitirá gerar indicadores úteis e confiáveis.

2. Criar um formulário robusto e fácil de preencher

Para que o método funcione, é preciso coletar dados de qualidade sem sobrecarregar os técnicos. Um bom formulário deve conter:

  • Geolocalização para registrar onde a tarefa foi executada.
  • Lista com tipo de atividade (manutenção, inspeção, instalação, etc.).
  • Projeto ou cliente vinculado à tarefa.
  • Data e horário de início/término para cálculo do tempo.
  • Campo de observações (opcional).
  • Equipe envolvida em caso de trabalho em grupo.
  • Fotos para documentar o serviço com evidências visuais.

Esse formulário pode ser digital, simples e compatível com qualquer smartphone. Ferramentas como Kizeo Forms permitem criar formulários personalizados mesmo sem conexão com a internet.

3. Sensibilizar e treinar as equipes

Esse é o maior desafio organizacional: garantir que os técnicos usem corretamente e superar a resistência à mudança. É fundamental comunicar o verdadeiro propósito do ToT:

  • Não se trata de controle, mas de otimizar o trabalho para que a equipe possa fazer mais em menos tempo.
  • Mostrar que, se um técnico perde 30 minutos esperando peças, o problema é do processo — não dele.
  • Apresentar casos de sucesso, como o da Equans Peru, empresa de manutenção multitécnica que melhorou sua produtividade com Kizeo Forms.

Um bom programa de treinamento deve ter exemplos reais, atividades práticas e um canal de feedback aberto.

4. Analisar e melhorar

Com o sistema em funcionamento, chega o momento mais valioso: transformar dados em decisões.

Com os dados coletados pelos formulários ToT, é possível:

  • Identificar onde há mais perda de tempo: deslocamento? Espera? Burocracia?
  • Comparar produtividade por tipo de tarefa, região ou técnico.
  • Melhorar o planejamento e a alocação de recursos.

Ferramentas como Power BI e Tableau, integradas via API com o Kizeo Forms, permitem visualizar esses dados em tempo real por equipe, período ou local.

dashboard de produtividade de uma empresa de manutenção

Aumente sua produtividade com ferramentas e sistemas bem definidos

Medir produtividade vai além de números em planilhas: é entender como o trabalho é feito, o que pode ser melhorado e como eliminar tarefas que não agregam valor. Em operações de campo, o método Time on Tools ajuda a enxergar o invisível — minutos desperdiçados que, somados, representam dias perdidos.

Com ferramentas eficazes, indicadores bem definidos e uma equipe engajada, é possível alcançar melhorias reais, sustentáveis e mensuráveis.

Sua empresa já sabe onde está perdendo produtividade?

Perguntas frequentes

O que são indicadores de produtividade e para que servem?

Indicadores de produtividade são métricas que relacionam os recursos utilizados (como tempo, dinheiro ou equipe) com os resultados alcançados. Eles servem para avaliar a eficiência da empresa, identificar gargalos e tomar decisões com base em dados para melhorar os processos.

Como escolher os indicadores de produtividade certos para minha empresa?

Para escolher bons indicadores, é essencial que estejam alinhados com os objetivos do negócio, que sejam mensuráveis com os recursos disponíveis e que permitam ações práticas. Eles também devem se adaptar ao setor de atuação e ao tipo de operação (campo, escritório, produção etc.).

Qual a diferença entre produtividade da mão de obra e produtividade do capital?

A produtividade da mão de obra mede o desempenho dos colaboradores (por exemplo, ordens de serviço concluídas por técnico). Já a produtividade do capital avalia o uso eficiente de máquinas, equipamentos ou estruturas (como unidades produzidas por hora de máquina).

É possível medir indicadores de produtividade em trabalhos externos?

Sim. Existem métodos como o Time on Tools que permitem medir o tempo efetivamente trabalhado por técnicos em campo, identificando tarefas produtivas e perdas de tempo. Isso pode ser feito com formulários digitais georreferenciados e dashboards de análise.

O que significa KPI e qual a relação com indicadores de produtividade?

KPI significa Key Performance Indicator ou Indicador-chave de Desempenho. São métricas específicas usadas para avaliar se processos, equipes ou áreas estão atingindo metas estratégicas. Todo KPI é um indicador, mas nem todo indicador é um KPI — ele precisa ser relevante, mensurável e diretamente ligado aos objetivos do negócio.

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